sexta-feira, 5 de julho de 2013

Prisão sem grade

"Agora, quero que me perdoe (quem, não sei). Vim aqui colocar para fora toda a angústia que é saber muita coisa pra tão pouco tempo. Muita coisa pra acabar com outras muitas. Comigo.
Mas hoje é diferente das outras vezes porque eu não vou saber explicar o que se passa em minha mente. Vou continuar aqui ouvindo músicas e me arrepiando nas partes que me lembram alguma coisa do passado e me fazem querer agarrar desejos para transformá-los em futuros pra amanhã. Não posso. Hoje não foi um dia muito feliz, não está sendo uma noite feliz. Não acredito que eu possa ir dormir feliz. No início, era normal. Na metade do dia, o mesmo cansaço de sempre. Agora no final: nada.
Essa coisa, não quer sair! Me sinto com medo, me sinto pressionada, me sinto louca, me sinto um tanto desnorteada. E nesses casos, um tanto é o suficiente para ser um todo. Bem, de uma ou todas as formas, quero acabar essa noite com um sorriso no rosto. Hoje quem sabe eu possa acabar de todas as formas exceto a que eu mais quero. Acabar aliviada por ter colocado nas palavras, o que me deixa tão estranha. Hoje permanecerei assim, estranha sem alívio. Não sei o que aconteceu comigo."